O que é anotado na sessão?

No processo terapêutico, a abordagem quanto às anotações é diversificada, sem um consenso claro sobre como e quais notas devem ser registradas. Em geral, é recomendável que a tomada de notas não se sobreponha à sessão, impedindo que o terapeuta se concentre mais nas anotações do que na escuta atenta. Evitar se esconder por trás das anotações, como mencionado por Alfred Benjamin em "A entrevista de ajuda", e não criar um véu de mistério em torno delas é crucial para não gerar ansiedade no paciente. Talvez a prática ideal seja escrever apenas o que pode ser compartilhado com o paciente, mantendo a transparência. A única regra absoluta é ter cautela ao guardar as anotações, pois o sigilo é obrigatório!

Na psicanálise, Freud defendia que as anotações faziam sentido para publicações científicas ou para temas suscetíveis ao esquecimento pós-sessão, como datas, nomes específicos ou de medicamentos. Não se trata de transcrever a sessão, mas sim de registrar informações relevantes. Existem diferentes perspectivas sobre quando fazer as anotações: alguns sugerem que devem ser feitas após o turno de trabalho para uma escuta mais dedicada, enquanto outros as consideram válidas durante a sessão para transmitir impressões imediatas e evitar esquecimentos. Essas anotações também servem como base para o estudo do caso e avaliação do nosso processo contratransferencial.

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Pessoalmente, busco uma abordagem equilibrada, registrando o que pode ser esquecido e palavras-chave referentes à sessão, sempre priorizando a escuta atenta do paciente e adaptando minha prática conforme a dinâmica única de cada indivíduo. Se percebo desconforto no paciente, reduzo as anotações, reconhecendo que a experiência varia conforme o perfil do indivíduo e o conteúdo da sessão. No entanto, é essencial destacar que, seja durante ou após a sessão, as anotações são cruciais e obrigatórias em nosso trabalho. Então, a resposta é mais um "depende", haha!